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2012 - Livro Vermelho 2013

Lobelia langeana Dusén EN

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 09-11-2012

Criterio: B2ab(iii,iv)

Avaliador: Tainan Messina

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

A espécie tem distribuição restrita (AOO=76 km²) e está sujeita a menos de cinco situações de ameaça. Apresenta coletas antigas em locais onde hoje não há mais vegetação, podendo ter perdido muitas subpopulações. As principais ameaças à espécie são o declínio da qualidade do hábitat e a transformação da vegetação em áreas para agricultura e pastagem.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Lobelia langeana Dusén;

Família: Campanulaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

​Descrita em Ark. Bot. 9(15): 18. 1910.

Distribuição

Endêmica do Brasil; ocorre nos Estados doParaná e Santa Catarina (Vieira, 2011).

Ecologia

Caracteriza-se por ervas, terrícolas(Vieira, 2011).

Ameaças

1.1.4 Livestock
Severidade high
Detalhes As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criação de gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI (Coimbra-Filho; Câmara, 1996).

2 Invasive alien species (directly affecting the species)
Severidade high
Detalhes Em adição à incessante perda de hábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais e invasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).

1.3 Extraction
Severidade high
Detalhes Em adição à incessante perda de hábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais e invasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).

1.1 Agriculture
Incidência national
Severidade very high
Detalhes Subsídios do governo brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola (açúcar, café e soja; Galindo-Leal et al., 2003; Young, 2003).

1.3 Extraction
Severidade high
Detalhes Dean (1996) identificou as causas imediatas da perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Incidência national
Severidade very high
Detalhes A Mata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área (Myers et al., 2000) e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce. Algumas áreas de endemismo, agora possuem menos de 5% de sua floresta original (Galindo-Leal; Câmara, 2003). Dez porcento da cobertura florestal remanescente foi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis em vigilância e proteção (A. Amarante, dados não publicados). Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si (Gascon et al., 2000). A derrubada de florestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650 km² de florestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia; Fundação SOS Mata Atlântica; INPE, 2001; Hirota, 2003).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Espécie considerada "Rara" pela Lista vermelha da flora do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995).

Referências

- VIEIRA, A.O.S. Lobelia langeana in Lobelia (Campanulaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB006637>.

- VIEIRA, A.O.S. Campanulaceae. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.209-210, 2009.

- TABARELLI, M.; PINTO, L.P.; SILVA, J.M.C.; ET AL. Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira., Megadiversidade, p.132-138, 2005.

- DEAN, W. A ferro e fogo - A história e a devastação da Mata Atlântica brasileira. Companhia das Letras, 1996. 484 p.

- GALINDO LEAL, C.; CÂMERA, I. G. Atlântic forest hotspots status: an overview. Washington: Island Press, 2003. 3-11 p.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE/DEUTSCHE GESSELLSCHAFT TECHNISCHE ZUSAMMENARBEIT (SEMA/GTZ). Lista Vermelha de Plantas Ameaçadas de Extinção no Estado do Paraná, Curitiba, PR, p.139, 1995.

- FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA; INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica: Período 2008-2010. 2011. 122 p.

- YOUNG, C.E.F. Causas socioeconômicas do desmatamento da Mata Atlântica brasileira. In: GALINDO-LEAL, C.; CÂMARA, I.G. (EDS) Mata Atlântica: biodiversidade, ameaças e perspectivas. São Paulo, SP; Belo Horizonte, MG: Fundação SOS Mata Atlântica; Conservação Internacional, p.103-115, 2005.

Como citar

CNCFlora. Lobelia langeana in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Lobelia langeana>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 09/11/2012 - 19:31:03